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segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

A forma do amor.

A pura forma não se conforma,
mas não se deforma e quando torna,
volta como sempre estivera
volta como se nunca se perdera.


Como se não perdesse um minuto
da vida, da sorte ou do trunfo.
Como se não se perde um segundo
do suspiro mais forte e profundo


Retorna e se reconhece no lar
como se este nem lhe fora outro
tampouco fosse um mero par.

Um mero par que se pudesse separar,
é muito mais, uma parte desgarrada
que volta pro seio completar!

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Em chamas!

Tato, tatu taturana
O teu toque não me acende,
explora-me e  chama-me
para formigar teu pêlo quente.

Explode-se em querer viver
e morrer desvalida , vã e vaga
em deguste de sórdida vida.
Rica, cálida e torpe em prazer.

Suplicas por deixar-te descansar
de tua fome, forte e fugaz.
És brasa sob cinzas a queimar!

És de querer que te consuma
até que te rasgue e te gaste
e nada teu tenha a possuir!

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Devora-me

Tu tendes a ter-me como escravo
quando se delicias e desnudas
em pele o delicado doce mascavo
e desdenhosa permaneces muda.

Eu te tenho enquanto te livras
de mim e desvaneces teu corpo nu
em luz tênue e tuas garras crivas
em minha carne sem o menor tabu.


Entre tuas coxas, meu deleite,
e meu esgotamento em gotejar.
Pareces meu renascer, forçar.

Deixa-me provar teu sangue
enquanto o meu se esvai
sêca, tu anseias por mais.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

CONFUNDES



O que me confunde, nada tem a ver
com minha anatomia ou com a tua.
Tem com a forma de teu querer
que me deixa a cabeça nua!

Essa nudez em meu pensar,
em meus sentidos disformes,
desperta meu estranhar
e tua inocência dorme.

Tem em si, a sorte
de ser apenas vaga lembrança
e não fomentada dor forte!

Porque se me confundes
como quem se dá ou se perdeu
Apenas recebo-te e sou teu!

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Conjugares.



Só de te olhar
Sei o que a gente pode ser
nesse instante que pareço existir
apenas para me expor.


Você, apenas para me fascinar,
mostra que posso me entorpecer
mesmo antes de seu gosto sentir
e faz seu olhar me transpor.


Nestes versos posso subjetivar 
 o
verbo de meu entorpecer
que parece nem notar meu existir!

Mas a certeza de teu notar
transforma o fascínio em querer
e o querer em demasiado possuir!