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quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Festa divina.

Festeja aos deuses porque das nereidas
Afastei-me da sedução que sofria.
E não sem motivos por teu amor busquei
ser contemplado, pois és minha eleita!

Tal Heitor em viagem busquei teu norte
para o meu regresso na tua alma
e não sem motivos retornarei a ti
tendo em teu seio minha melhor sorte!

Minha nau vega em mares mui escuros
mas eu não temo os males de netuno
porque aguarda-me em leito seguro.

Em meu peito já se alegra o fogo
que acende minhas esperanças viris
de em ti, encontrar-me são e salvo.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Sonha-me.


Há muito que te peço, declara-te!
Tu agora me sacias o desejo,
mas falta-me dizer da intensidade
que tu és minha mulher em poesia.

Diga-me se como tatuagem fria
gruda-te acomodada em minha pele
ou como veloz colibri que me suga
o mel à uma distância fugidia?

Eis que ainda, quero-te sempre amar!
Podes certamente saber que levo-te
agora para meus sonhos explorar!


Não me deixes sozinho e apareça
Pois que agora espero-te certo
que tu aparecerás a me dominar!  

Teus desejos, meus sonhos.


Tu me queres quedado por tua alma
onde te quedas sem quebrar pela noite.
Se me entrego a teus desejos vãos
esqueço-me dos meus sonhos tão pagãos.

Escuto-te com minha alma perdida
em busca da palavra que te seduza.
Saio a busca do marco que me indique
de um verdadeiro tom que te traduza.

Mas pra que te traduzir à tal alma pagã
que se perdeu entre teus desejos vãos
E sequer sabe se suportará tê-los.

Submete-me a realizar teu ser!
Enlouqueço com os meus sonhos pagãos
para encontrar-te em delírios vãos. 

Enlouqueço?

Se estás em minhas mãos então que sou?
Cego que não te vejo no momento
ou insensível que não te percebo aqui?
De certo digo-te que louco, não estou.

Procuras fazer com isso o quê, então?
Lançar teus mistérios para seduzir-me
ou simplesmente distrair meu coração?
Aquieta ou cata-me para sempre!


Teus ouvidos me ouvem tão distante
e teu corpo me sente quando o toco?
Dize-me senão, não sonharei mais!

Louco destino esse de amante,
Viver intensamente tudo de vez
E perder-se para sempre sem ter paz! 

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Reconhece-te minha!

Sofrem os amantes de simbiose?
Será que os sentimentos compartilham?
Será que doendo em um no outro doi?
O Prazer que um sente, ambos desfrutam?

As dúvidas que não são minhas, decerto
não serão tuas se amantes nós somos.
Pois o prazer que sinto e não minto
Hás de compartilhar de alma e corpo.

Não te quedes a perder-me mesmo hoje
que te deixo para dormir o meu sono
que a partir de agora é teu também.

E se mais não fico, desejo mais ainda.
E sei que sabes de mim tudo que digo
Pois és minha alma e de mais ninguém!

Tatuagem és tu!


Esqueces que a tatuagem da pele
que hoje repousa tranquila e fria
arde e queima antes que se revele
o que a mente grava em fantasia?

Esqueces que a tatuagem na alma
hoje repousando linda e sedutora,
é ilusão frívola de mente vã que vaga
e repousa na pele acolhedora?

hás de esquecer decerto, minha cara?
Não, não és alma que esquece, de fato
És quem lembra de tudo em teu recato!

Então qual a dúvida em teu coração?
Deves saber que és tatuagem fria
Cravada perene em minha emoção!

Felicidade sóbria?

Não me importam os corações toscos
que se entregam às convenções rotas,
porque, presos em verdades inúteis,
escondem suas mazelas como trofeus.

Só me importam os corações loucos
que se despedaçam à ilusões tolas,
porque, soltos em verdades brutas,
revelam sua felicidade absurda!

Porque o absurdo instante explode
na cara dos infelizes corações
que perpassam tensamente pela vida!

Porque o furtivo instante premia
na mente insana dos loucos corações
que marcam a vida em tatuagem fria!

sábado, 16 de outubro de 2010

Razão, fé e instinto

O amor enquanto sentimento
seria razão, fé ou instinto?
Perguntam-me meus pensamentos
e aos meus pensares, minto!

Empresto à razão
todo meu lúdico querer
À fé cedo toda minha paixão
E aos instintos, meu prazer!

Colho-te assim,
como quem passeia
Distraído a puxar-te das folhas.

Colho-te assim,
mas quando te aspiro
cuido para que outro não te colhas!

Vendavais

Em vendavais lençois se vão
E se perdem no tempo
e o corpo nu então,
o que busca no momento?

A alma nem se contenta
O que sente queima a pele
E teima em escapar em contenda
Um ato que esse amor sele.


A cela firme  no lombo
do veloz galopar
desmonta-se ao chegar

Aquele momento esperado
Traçado em gosto
desejo aberto e declarado!

Sonhos e cálculos.

O sóbrio sonha?
Não sei.
O louco calcula?
Talvez.

Se amam, calcula-se?
Sonha-se, senão?
Um pouco ou muito,
Talvez.

Sonho além do louco
Calculo além do ébrio
Neste instante o desejo lépido.

Onde, quando, como e quanto?
Para que vos preocupareis?
Buscai amar!

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Conjugação

Amanhã serei escravo de tudo que seja teu
Farei todos teus desejos, porque serão meus
Amanhã serás a dona do meu corpo escandoloso
Farás com ele uma extensão de teu glorioso.

Amanhã será teu dia de sonhar teus sonhos
Fará de ti deusa única contra demônios
Amanhã seremos um apenas em corpo e na alma
Faremos juntos o que gostamos, com calma.

Amanhã sereis todos escravizados
Fareis altares para estes seres
Que vos tem outrora escandalizado!

Amanhã serão todos realizados
Farão desse sentimento sua vida
E esse amor enfim eternizado.

domingo, 15 de agosto de 2010

Minhas fantasias.

São irrealizáveis


São impronunciáveis


São insustentáveis


São imagináveis.






Portanto são virtuais


São ideais


São potenciais


São surreais.






Mas tenho em mim que assim


As terei no controle


Enquanto ninguém as souber






Tenho a certeza absoluta


Que se alguém as descobrir


Chamará a minha'lma: puta!

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Ouves vozes

És a louca do pedaço
Tens os sapatos de veludo
vestindo pés de aço
que sobem em meu mundo

E calada calas a boca
de todos a volta
quando gritas rouca
e te revoltas...

És a louca em frangalhos
És feliz em desacato
a este mundo falho

Estes burocratas quadrados
que só ouvem suas vozes
Enquanto sorris de teus algozes!

terça-feira, 8 de junho de 2010

Ânsia

Como estarão teus olhos quando me revirem?
Quando virão teus lábios a me sequestrar?
As perguntas assaltam minha atenção que te entrego.
Os desejos se prendem à tuas formas que espero...


Onde estão teus lábios para meus olhos?
Onde estão tuas mãos para minha felicidade?
As perguntas: por que se acumulam insatisfeitas?
Os claudicantes ponteiros: por quê dessa lentidão?


Onde estás agora?
O futuro se arvora?
É seco esse inverno?

Qual é tua rota?
Onde Conservas tua alma?
Vem sem demora.

sábado, 29 de maio de 2010

Madrugadas.

Decantar e sorver teu doce prazer
em poucas horas madrugadas
é tão pouco ante o muito querer
dessa nossa louca escalada!


As horas restantes nos oprimem
A desejá-las mais longas
E os minutos que escorrem
entre beijos de pouca monta!

Ah, quanto parece que não te tenho!
Quanto mais te quero, te afastas
Mas quando me pareces perto, és recata!

Ah! É certo que te desejo!
E nesse teu sobejo, se faltas a mim,
sobras em sonhos que me assaltam!

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Eu preciso

Preciso saber que gosto tem
tê-la em meus braço e te amar também!
Preciso me aventurar a te amar com zelo
sem desdém tocar-te em pelo



Preciso de algo que não sei
e sei que preciso de tudo
que vier de teu corpo desnudo
Mas ainda sonho quando a terei.



E quando esse momento chegar
Há de ser o momento certo
De tê-la em meus braços, num aperto.




E esse momento, há de ser nosso
De ser de posse e de amor
em infinito êxtase colosso.

domingo, 2 de maio de 2010

Lamento

Estou pensando se a conheci de verdade.
Mas reluto com meu presente
e penso se você aí do outro lado, sente
Ou ressente o que lhe tenha deixado saudade.

Espero um sinal, um bem até mesmo um mal
que me diga o que fazer ou não fazer.
Sinto como se estivesse em perdida nau
Em busca de terra firme para descer...

Onde anda meu pensamento
Meu coração não ancora
nem descansa nas tormentas

Onde perderam-se meus sentimentos
Meu desespero se arvora
e meu presente lamenta-te!

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Timidez.

Eu gosto de tua timidez até certo ponto
e esse ponto, se insistires em saber,
preciso de qualquer forma dizer
que pela minha timidez, não conto!

Quero preservar teus rubores
que esquentam tua pele
que desejo sentir e, assim sele
toda sorte de meus amores

Insistes em saber a que ponto
gosto de tua timidez?
Não reclames de que sou tonto

Porque tua timidez é o desejo
que mora em meu peito
e escondo o turpor de um beijo.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

PROFANO

Tenho deixado em teu corpo

Mais do que minhas digitais

Minhas mandíbulas marcam

Todos os meus sonhos carnais



Tenho cometido tantos pecados

Que até desisti de teu perdão

Prefiro continuar nesta desgraça

Divina por tua atenção.



Por teu tesão irrefreado

Prefiro e decido

Continuar condenado



Prenda-me com algemas

Joga-me em caldeirão:

Permita-me morrer em teu coração!

Morte

A intensidade da luz

Não se mede pelo sabor

Porque só à boca se permite

Sentir o alcaçuz.



Não é permitido ao corpo

Suspenso no ar

Quando absorto tenho de cerrar

As pálpebras para escuridão.



Não é permitido a meus olhos

Censurar os vermes

Que se deleitam do que restou



Não é permitido à minha mente

Livrar-se da dor que sinto

Quando cada parte de mim se vai.

Pouco.

Eu precisei cuspir tua história

Para engolir tua ausência da minha vida

Precisei querer fugir do mundo

Para te encontrar na despedida.



E mesmo assim ainda te espero ali

Ainda sinto que estou na fila

Ainda cochilo sem descansar

Ainda sonho sem dormir...



O necessário é pouco,

O querer é demais:

Para que se assombrar?



Pouco é viver

Sobreviver é tudo:

Para que desesperar?

Não sou porto.

Sei que poderias atracar em qualquer ponto

E mais que seguro, este porto seria teu,

Entretanto se esperas um tanto de mim

Eu diria sim, este porto não sou eu.



Não sou porto para tua nau sem âncora

E para que queres ter?

Sou teu mar, tuas águas para passeares

E, assim poderes viver!



Sou tuas águas desconhecidas,

Sou tua vontade de explorar

Para que um cais em tua vida?



Sou Tua gana, teu deleite,

Tua vela, teu azeite

Teu braço forte a remar!

Nosso dia

Você não sabe, mas um dia tudo irá acontecer,

nesse dia seu pensamento sofrerá uma revolução

talvez até você se revolte e evolua...



A vida para você nesse dia será bem diferente

Será uma nova luz, será um novo breu

você ficará em movimento, sempre...



Nesse dias as coisas serão o deveriam ser

a muito tempo e há muito tempo que você queria

mas nada te dizia que poderiam ser.



Nesse dia, será a sua vez de ser

Esse dia será seu e tudo o mais que você

tem certeza de que deve ser seu.



Você me chamará e eu estarei lá

esperando para te entregar o que você sempre esperou

e tudo aquilo que esperei te dar...



Esse dia será o nosso dia!

Síncope amor

Tateei tuas coxas em deslize,
a supérflua intensão de viver!
De brilhar em eclipse
a teu eterno renascer!

Não escuto agora do meu querer
o que teu coração grita,
mas insisto em ser na tua vida
o segundo antes de perecer.

Entre nascimento e sorte
hei de sonhar em síncopas
no limbo utópico do amor.

Enquanto em teu seio
Semeio e colho nossos sabores
Em aberta queda para morte!

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Morda-me

Singra-me,

Não pára em mim.

Sangra-me,

Não me mata assim!



Mova-te,

Não te perca

Molha-te,

Não te afoga!



Eis que nessas horas devaneias

devaneces e eu sou tudo

E tu Escancaras no paraíso sem meias.



Sem meias palavras, nem assombros

nem risos, apenas meios para ferir

aferir quanto sou teu/ser amado.

Navalha

A navalha solta corre

Por minha carne mofa

Por ser consumida pelos lábios

Que adornam tua boca!



Correm soltos os pelos

Pelo meu olhar vermelho

Inflamado das noites

Em que perdi meu cutelo...



A sangue cravaste teu nome

Em tatuagem cortante

Sem coágulos...



Por teu sangue meu peito

Nessa viagem errante

Posta-se ao teu lado!

Errante invasor

Quando agradeço a miséria

Em que vivo é que, se não me descarta

Há muito que vejo, não me descarna!

Melhor que teu gosto cruel

Que não passou de uma pilhéria

Depois de me fazer sonhar, deixou-me ao léu.



Ah, triste e presunçosa histeria

que se apossa de mim como navegador errante,

como infante bravo em sua escuderia...

Estouraria manadas, se fôssemos amantes.

Se não te esquecesses no outro dia

dos meus braços, na noite de antes...



Bárbaro seria não existir!

Se somente não existindo eu pudesse

Querer invadir tuas praias com minha nau,

Tensionar minhas velas, em teus ventos quisesse,

Não haveria perigo nem mau:

- Seria abrigado em teu regaço arfante!

Nosso dia

Você não sabe, mas um dia tudo irá acontecer

e nesse dia o que você pensa, sofrerá uma revolução

talvez até você se revolte e evolua...



A vida para você nesse dia será bem diferente

Será uma nova luz, será um novo breu

você ficará em movimento, sempre...



Nesse dias as coisas serão o deveriam ser

a muito tempo e há muito tempo que você queria

mas nada te dizia que poderiam ser.



Nesse dia, será a sua vez de ser

Esse dia será seu e tudo o mais que você

tem certeza de que deve ser seu.



Você me chamará e eu estarei lá

esperando para te entregar o que você sempre esperou

e tudo aquilo que esperei te dar...



Esse dia será o nosso dia!

Sorte de amores.

Existem amores de toda sorte

Falta-nos a nós amantes

Escolher qual será se é que importe

A diferença entre um e outro

entre tantos destacar para a corte...



Amores intensos ou amenos

Amores dúbios ou certeiros

Amores castos ou obcenos

Se infinitos ou fugazes

Amores nunca podem ser de menos.



O amante poderá tê-lo

Até mesmo sozinho

No escuro do seu quarto em pelo

Ou acompanhado por multidão

Por um apenas criar zelo...



O importante da sorte dos amores

É que sortido se faça escolhido

Amado tenha sortidas cores

E se deixe deleitar pelos amantes

Em sete mil sabores.